sexta-feira, setembro 29, 2006

Sinceridade


Sinceridade

O que dizer dessa sua sinceridade muda
que me cala mais que mil palavras
ditas ao pé do ouvido.

Se te ver me dá desassossego
é porque no correr dos dias
te leio e releio
em mil partes inteiras
e te junto
num só caderno
de poesia

e verso.

por Marighetti

quinta-feira, setembro 28, 2006

A Poesia


Essa é hora de poetar.
Mas poesia tem hora?
Poesia tem gosto?
Jogo de rima demora?
Ou já estava aqui anteontem?

Poesia tem vida.
Vida concreta.
Ela respira mais que eu,
Bebe pra ficar mais leve,
Sorri pra ficar mais bela,
Beija pra ficar mais um pouco
Nesse momento
E faz de mim só um parteiro.

quarta-feira, setembro 20, 2006

Sobre Amor



O que é o Amor,
senão apenas um verso,
que corre em torpor,
pela pele e te faz em inverso?

quarta-feira, setembro 13, 2006

Intensa Vontade


INTENSA VONTADE

No meio da noite
enquanto dança seu corpo
e do seu cheiro faço meu deleite,
Alguém me olha distante
e insiste para que adiante
te tenha inteira,
na cama e no colchão de amante.

segunda-feira, setembro 11, 2006

Te dou Tudo de Mim

TE DOU TUDO DE MIM

Quero te dar, meu amor,
muito mais do que posso.
E se escondo a minha dor
é pra não atrapalhar o sorriso vosso.

Essa dor sofrida,
De vaidade aniquilada,
Faz minha noite dolorida.
Faz minha tarde desanimada.

Quando sonho o teu rosto,
componho o meu mundo e choro.
Porque é forte a tristeza e o desgosto,
Mas é mais forte o que ignoro.

Canto pra embalar a minha vida,
De estrada longa, reta e estreita.
E não quero mais a história vivida.
Essa é minha escolha, escolha feita.

Lastimo hoje mais do que fiz outrora.
Amo a vida, amo o mundo, amo você.
Mas o que sinto e vejo agora,
Tenho certeza que você não vê.

por Marighetti

Saudade

SAUDADE

Essa sua saudade,
que é só sua
dói como o arrancar de mim
o que eu já era
e não sabia

O Nascimento de si

O Nascimento de si

A noite é tão quente
Como nunca fora
Pena que a tarde não mente,
Quando no seu rosto latente
Brota a paixão que aflora.

terça-feira, setembro 05, 2006

Flor em Roda

Flor em Roda

Todo esse choro sem sentido
Todo sentido sem razão
A mesma hora de sempre
Vazia,
A mesma hora de nada.
Mesmo

Flor em Roda

Flor em Roda

Toda flor,
Tem um pouco de sofrimento,
tem um pouco de dor.

dia do dia, noite do dia

Porque sou imundo
dessa cor de desprezo
nesse mundo
tão sem chance.

Talvez fosse preciso morrer
um pouco
de cada vez
para morrer pra sempre
nesse amor inverso
que ritima como meu peito
com pouco verso
e
se rima, imperfeito.