Simples Eu
O
que vem de dentro de mim,
Não
é lúcido, nem límpido, nem puro,
Não
é tampouco alegoria ou algo assim
É o
que sobra da minha sobra
O
meu eu puro.
Aquilo
que vem de dentro de mim,
Nem
é bonito nem feio,
Nem
simples, nem complexo,
Não
tem pudor, não tem receio,
Mas
também não é leve nem sublime.
Tudo
o que sobra do meu epicentro,
E
que eclode hora ou outra,
E desabrocha
meu eu de dentro,
E me
tortura e me esmaga,
E me
desfigura e me desagrega,
E me
desqualifica e me desembaraça,
E me
torna torto, mas me torna inteiro,
Faz
de mim às vezes repugnável,
Também
é aquilo que me torna verdadeiro,
Corajoso
e cafajeste,
Um
tanto direto,
Outro
tanto grosseiro,
É
nada mais nada menos do que autenticidade.
Por Marighetti
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